No dia 26 de abril de 1937 a pequena aldeia de Guernica, com pouco mais de sete mil habitantes situada na região norte da Espanha em uma das províncias do País Basco, foi atacada por toneladas de bombas incendiárias pelas forças nacionalistas que apoiavam o General Francisco Franco. A escolha de Franco de bombardear a pequena vila pode estar relacionada a esta dimensão simbólica que ela carrega, já que dessa forma o ditador espanhol poderia humilhar os bascos que haviam assinado, em outubro de 1936, um tratado de autonomia com o Governo Republicano espanhol, o qual Franco havia declarado guerra.
Pablo Picasso, ao saber das atrocidades ocorridas nesta cidade, revoltado, pintou o quadro Guernica em pouco tempo. A obra foi para Picasso uma forma de protesto contra a guerra civil espanhola e a ditadura franquista, queria retratar as ações militares desencadeadas pelas forças do General Franco contra as populações que habitavam o território espanhol. O desejo do artista era despertar nas pessoas que apreciariam a pintura o repudio à guerra.
A pintura, um óleo sobre tela, foi realizada a partir de 36 fotos que retrataram as dolorosas consequências da tragédia. As imagens que compõe a cena são notáveis representações do Cubismo e um convite ao Surrealismo que trazem ao expectador toda agonia e desumanidade dos momentos de horror passados na cidade basca. O artista reproduz a população, os animais e a devastação das construções. Atualmente a obra se encontra no Museu Reina Sofia em Madri e ainda é um símbolo das atrocidades cometidas pelo homem.
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