A Espanha, no início do século XX, era uma monarquia que possuía um grande déficit em sua economia. Nos anos 30 observou-se uma divisão de
grupos políticos que surgiam para fazer oposição ao regime monárquico. Socialistas, anarquistas e comunistas defendiam desde a melhoria das condições de trabalho até a extinção de qualquer forma de governo instituído.
Com a grave crise econômica, que foi iniciada pela quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929, a ditadura do General Primo de Rivera foi derrubada e em seguida caiu também a Monarquia. O Rei Afonso XIII foi obrigado a exilar-se e proclamaram a República em 1931, que é conhecida como República de Tabajadores, tendo como presidente eleito Niceto Alcála-Zamora, que permaneceu no poder até o ano de 1936. Niceto foi sucedido por Manuel Azaña Díaz, que teve como primeiro-ministro Largo Caballero, um conhecido político socialista. Logo houve uma grande insatisfação com relação ao governo da República. Essa insatisfação partia dos setores conservadores espanhóis, os mesmos que apoiavam o governo de Primo Rivera na década de 1920. A partir disso a esperança era que a Espanha seguisse o caminho das outras nações ocidentais fazendo uma reforma que separasse o Estado da Igreja, que aceitassem o pluripartidarismo, além da liberdade de expressão e organização sindical. Mas nada disso aconteceu, o País conheceu um violento enfrentamento de classes seguida por uma grande depressão econômica, gerando uma grande frustração generalizada na sociedade espanhola. O clima de turbulência foi motivado pela intensificação da luta de classes,
principalmente entre anarquistas e direitistas que provocou inúmeros assassinatos políticos o que contribuiu para criar uma situação de instabilidade que afetou o prestígio da frente popular.
Com isso direita estava entusiasmada com o sucesso de Hitler que se somou ao golpe direitista de Dolfuss na Áustria em 1934. Apesar de terem perdido as eleições, os direitistas começaram a conspirar contra o governo recebendo o apoio de militares e dos regimes fascistas (de Portugal, Alemanha, e Itália). Acreditavam que com esse apoio dos militares derrubariam facilmente a República.
No dia 18 de julho de 1936 o General Francisco Franco insurge o exército contra o governo Republicano. Nas principais cidades, como Madri e Barcelona, o povo saiu para as ruas e impediu o sucesso do golpe. Com isso milícias anarquistas e socialistas foram até então formadas para resistir ao golpe militar. Durante a guerra, os nacionalistas partidários de Francisco Franco tiveram apoio dos fascistas e nazistas, enquanto os republicanos da Frente Popular receberam apoio do comunismo internacional, sobretudo da URSS. O fornecimento de armas, combatentes treinados e equipamentos sofisticados para o combate e para as estratégias de guerras estava na lista dos apoiadores do conflito.
A superioridade militar do General Franco foi o fator decisivo na vitoria dele sobre a República. O período que se seguiu ao fim da guerra civil ficou conhecido como Franquismo, haja vista que o general Francisco Franco, líder da Frente Nacionalista – o polo vencedor da guerra civil – assumiu o comando do país. Em 1938 suas forças cortaram a Espanha em duas partes, isolando assim a Catalunha do resto do país.
As baixas da Guerra Civil Espanhola oscilam entre 330 e 405 mil mortos, meio milhão de prédios foram destruídos, metade do gado espanhol foi morto, além disso a renda per capita reduziu em 30% e fez com que a Espanha afundasse numa estagnação econômica que
se prolongou por quase 30 anos.
Fonte: http://www.infoescola.com/historia/guerra-civil-espanhola/
http://historiadomundo.uol.com.br/idade-contemporanea/guerra-civil-espanhola.htm
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/guerra-civil-espanhola.htm