domingo, 19 de junho de 2016

Obra de Salvador Dalí - Premonição da Guerra Civil

  
  Construção Mole com Feijões Cozidos (Premonição da Guerra Civil) (1936) é uma pintura feita pelo espanhol surrealista Salvador Dalí. O artista fez esta pintura para representar os horrores da Guerra Civil Espanhola. Dali pintou esta obra seis meses antes da Guerra Civil Espanhola ter começado e, em seguida, alegou que ele havia conhecimento de que a guerra ia acontecer, a fim de parecer ter habilidades proféticas - devido a força profética de sua mente subconsciente. O pintor pode ter alterado o nome da pintura após a guerra como uma maneira de provar esta habilidade profética, embora não seja totalmente certo. 
  Esta é uma pintura feito com óleo sobre tela que está localizado no Museu de Arte da Filadélfia. Dali pintou em 1936, mas não foram encontrados estudos dele que aponte que foi feita em 1934. É uma imagem de uma criatura tipo monstro geométrica e conectados a um monstro semelhante. As duas criaturas parecem ser duas partes da mesma criatura de modo que ele parece estar lutando em si. Tudo sobre o fundo e em partes do monstro são grãos que se parecem com eles estão derretendo fervida. O monstro está em árvores e em uma caixa de madeira marrom. O fundo é um céu azul com nuvens, que são mais escuras em algumas partes e mais leves em outros. Esta pintura expressa a destruição durante a Guerra Civil Espanhola. O monstro nesta pintura é auto-destrutivo apenas como uma guerra civil é.
  Salvador Dalí foi um importante pintor catalão, conhecido pelo seu trabalho surrealista. Os quadros de Dalí chamam a atenção pela incrível combinação de imagens bizarras, como nos sonhos, com excelente qualidade plástica.


Obra de Ernest Hemingway - Por Quem os Sinos Dobram


  Uma das passagens mais conhecidas da aventurosa vida de Ernest Hemingway foi sua participação num dos processos mais violentos do século XX, a Guerra Civil Espanhola, considerada por muitos como uma espécie de prelúdio para a Segunda Guerra Mundial. O conflito opôs republicanos e fascistas – além de vários grupos e partidos – e chacoalhou a sociedade espanhola e europeia num conflito em que os ânimos e os atores corajosos que viriam a se confrontar em 39 já mostravam seu potencial destrutivo e anunciavam a catástrofe que se estabeleceria em âmbito global até, pelo menos, 1945. E isso sem contar todo o denso contexto espiritual em torno dos enfrentamentos que ali tomaram lugar.  
  Por Quem os Sinos Dobram se inicia com o dinamitador Robert Jordan em sua missão para explodir uma ponte durante à Guerra Civil Espanhola e se desenvolve em torno de todas as reflexões e laços criados em meio à essa dura realidade da guerra. Em sua jornada, Jordan irá conhecer ciganos, guerrilheiros, ex-líderes e sobreviventes de guerra. Cada personagem brilhantemente criado por Hemingway trará uma nova visão sobre a guerra e uma forma diferente de lidar com a mesma, portanto, prepare-se para embarcar numa viagem extremamente reflexiva que irá colocar em debate os dois lados de uma guerra: o daqueles que matam e o daqueles que morrem. E como não existem inocentes em uma guerra, esses dois lados estão sempre presentes em cada pessoa que participa desse cenário.  
  A força dessa obra está no realismo presente nas descrições e nos relatos sobre a guerra, capaz de te transportarem para as mais duras e cruéis situações que foram vividas pelos personagens. Por Quem os Sinos Dobram discutirá a vida, a morte, as formas de governo, o medo, o amor, o desejo, entre outros assuntos igualmente densos.  


A Ditadura de Franco


  Na década de 1930, durante a Guerra Civil Espanhola, estima-se que aproximadamente um milhão de pessoas tenha morrido nos conflitos da ocasião. Os combates no território espanhol chegaram ao fim no ano de 1939, marcando a vitória de um grupo nacionalista que colocou no poder o general Francisco Franco. A ditadura de Francisco Franco durou 39 anos na Espanha. Ele foi um militar conservador, chefe de Estado e responsável por um longo regime autoritário que começou durante a Guerra. Franco, que recebeu apoio de Itália e da Alemanha durante a Guerra Civil Espanhola, tratou de retribuir a ajuda apoiando esses regimes fascistas que integravam um dos grupos durante a guerra.
  O Franquismo era baseado na ditadura do líder que dava nome ao regime e tinha como característica uma forte repressão aos opositores do sistema. As bases do regime eram definidas pelo catolicismo e o anticomunismo. Mas apesar da afinidade com o capitalismo e o pólo ideológico liderado pelos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, o que marcou a Guerra Fria, a política econômica e a incompetência governamental do ditador Francisco Franco fizeram com que a Espanha parasse de crescer. O regime era mantido por efeito da força radical e eliminadora de adversários que o governo desfrutava. O governo personalista do Franquismo era apoiado ainda pela Igreja Católica e pelo Exército. Com isso, a ditadura comandava os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Estes poderes eram mantidos somente para dar um indício de que se praticava uma democracia na Espanha, o que era creditado por algumas pessoas.
   Os Estados Unidos com sua política ideológica da Guerra Fria investiram milhões de dólares na Espanha, o que elevou a qualidade de vida da população e ofereceu outra máscara para o regime ditatorial. Em troca, Francisco Franco permitiu que os estadunidenses estabelecessem bases militares no território espanhol.
  Franco foi responsável por criar a Constituição da Espanha, na qual determinava a volta da Monarquia. No entanto, o regime monárquico só voltaria à Espanha depois da morte do general, em 1975, quando o príncipe Juan Carlos subiu ao trono e a Espanha foi reconduzida à democracia.


O que foi a Guerra Civil Espanhola?

  A Espanha, no início do século XX, era uma monarquia que possuía um grande déficit em sua economia. Nos anos 30 observou-se uma divisão de grupos políticos que  surgiam para fazer oposição ao regime monárquico. Socialistas, anarquistas e comunistas defendiam desde a melhoria das condições de trabalho até a extinção de qualquer forma de governo instituído.
  Com a grave crise econômica, que foi iniciada pela quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929, a ditadura do General Primo de Rivera foi derrubada e em seguida caiu também a Monarquia. O Rei Afonso XIII foi obrigado a exilar-se e proclamaram a República em 1931, que é conhecida como República de Tabajadores, tendo como presidente eleito Niceto Alcála-Zamora, que permaneceu no poder até o ano de 1936. Niceto foi sucedido por Manuel Azaña Díaz, que teve como primeiro-ministro Largo Caballero, um conhecido político socialista. Logo houve uma grande insatisfação com relação ao governo da República. Essa insatisfação partia dos setores conservadores espanhóis, os mesmos que apoiavam o governo de Primo Rivera na década de 1920. A partir disso a esperança era que a Espanha seguisse o caminho das outras nações ocidentais fazendo uma reforma que separasse o Estado da Igreja, que aceitassem o pluripartidarismo, além da liberdade de expressão e organização sindical. Mas nada disso aconteceu, o País conheceu um violento enfrentamento de classes seguida por uma grande depressão econômica, gerando uma grande frustração generalizada na sociedade espanhola. O clima de turbulência foi motivado pela intensificação da luta de classes,
principalmente entre anarquistas e direitistas que provocou inúmeros assassinatos políticos o que contribuiu para criar uma situação de instabilidade que afetou o prestígio da frente popular.
  Com isso direita estava entusiasmada com o sucesso de Hitler que se somou ao golpe direitista de Dolfuss na Áustria em 1934. Apesar de terem perdido as eleições, os direitistas começaram a conspirar contra o governo recebendo o apoio de militares e dos regimes fascistas (de Portugal, Alemanha, e Itália). Acreditavam que com esse apoio dos militares derrubariam facilmente a República.
  No dia 18 de julho de 1936 o General Francisco Franco insurge o exército contra o governo Republicano. Nas principais cidades, como Madri e Barcelona, o povo saiu para as ruas e impediu o sucesso do golpe. Com isso milícias anarquistas e socialistas foram até então formadas para resistir ao golpe militar. Durante a guerra, os nacionalistas partidários de Francisco Franco tiveram apoio dos fascistas e nazistas, enquanto os republicanos da Frente Popular receberam apoio do comunismo internacional, sobretudo da URSS. O fornecimento de armas, combatentes treinados e equipamentos sofisticados para o combate e para as estratégias de guerras estava na lista dos apoiadores do conflito.
   A superioridade militar do General Franco foi o fator decisivo na vitoria dele sobre a República. O período que se seguiu ao fim da guerra civil ficou conhecido como Franquismo, haja vista que o general Francisco Franco, líder da Frente Nacionalista – o polo vencedor da guerra civil – assumiu o comando do país. Em 1938 suas forças cortaram a Espanha em duas partes, isolando assim a Catalunha do resto do país.
  As baixas da Guerra Civil Espanhola oscilam entre 330 e 405 mil mortos, meio milhão de prédios foram destruídos, metade do gado espanhol foi morto, além disso a renda per capita reduziu em 30% e fez com que a Espanha afundasse numa estagnação econômica que
se prolongou por quase 30 anos.


Fonte: http://www.infoescola.com/historia/guerra-civil-espanhola/

http://historiadomundo.uol.com.br/idade-contemporanea/guerra-civil-espanhola.htm
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/guerra-civil-espanhola.htm

sábado, 18 de junho de 2016

Obra de Pablo Picasso - Guernica

No dia 26 de abril de 1937 a pequena aldeia de Guernica, com pouco mais de sete mil habitantes situada na região norte da Espanha em uma das províncias do País Basco, foi atacada por toneladas de bombas incendiárias pelas forças nacionalistas que apoiavam o General Francisco Franco. A escolha de Franco de bombardear a pequena vila pode estar relacionada a esta dimensão simbólica que ela carrega, já que dessa forma o ditador espanhol poderia humilhar os bascos que haviam assinado, em outubro de 1936, um tratado de autonomia com o Governo Republicano espanhol, o qual Franco havia declarado guerra.
  Pablo Picasso, ao saber das atrocidades ocorridas nesta cidade, revoltado, pintou o quadro Guernica em pouco tempo. A obra foi para Picasso uma forma de protesto contra a guerra civil espanhola e a ditadura franquista, queria retratar as ações militares desencadeadas pelas forças do General Franco contra as populações que habitavam o território espanhol. O desejo do artista era despertar nas pessoas que apreciariam a pintura o repudio à guerra.
  A pintura, um óleo sobre tela, foi realizada a partir de 36 fotos que retrataram as dolorosas consequências da tragédia. As imagens que compõe a cena são notáveis representações do Cubismo e um convite ao Surrealismo que trazem ao expectador toda agonia e desumanidade dos momentos de horror passados na cidade basca. O artista reproduz a população, os animais e a devastação das construções. Atualmente a obra se encontra no Museu Reina Sofia em Madri e ainda é um símbolo das atrocidades cometidas pelo homem.

Grupos que atuaram na guerra.

Cartaz da frente popular e falange espanhola respectivamente.
A Guerra Civil Espanhola foi um conflito de forças políticas em disputa do poder na Espanha. Para entender melhor a Guerra é preciso saber quais foram essas forças políticas e quais eram seus objetivos.

- Falangistas

Eram fascistas comandados pelo general Francisco Franco, queriam eliminar o crescente movimento comunista na Espanha. Tiveram o apoio dos setores tradicionais e conservadores da sociedade espanhola (Igreja, Exército e grandes proprietários rurais). Contam também com a ajuda militar da Alemanha nazista e da Itália fascista. Tinham por objetivo a implantação de um governo autoritário.

- Frente Popular

Esquerdistas, contavam com o apoio dos sindicatos, partidos políticos de esquerda e defensores da democracia. Queriam combater o nazi-fascismo, que estava crescendo na Espanha e outros países da Europa. Defendiam o Governo Republicano e tiveram o apoio externo da União Soviética.


Fonte: http://www.suapesquisa.com/historia/guerra_civil_espanhola.htm
http://www.todamateria.com.br/guerra-civil-espanhola/